OPINIÃO DE FÉLIX RIBEIRO

Uma vez que o artigo de opinião de Félix Ribeiro, treinador da ARCO, não saiu assinado na edição online d'O Norte Desportivo, transcrevemos de seguida o texto completo, repetindo que se trata de uma opinião de um agente do remo que se identificou devidamente: Félix Ribeiro, treinador da ARCO. Acrescento que pedi uma foto do Roberto Rodrigues, um dos citados pelo autor do artigo, mas na minha ausência optaram por colocar uma foto tão genérica que nem a consigo identificar.

MEDALHA DO DOUBLE EM ITÁLIA DÁ MUITO BOAS PERSPECTIVAS

Depois de Piediluco (Itália), ficou demonstrado que muitas das legítimas apostas dos seleccionadores nacionais não funcionaram e pede-se que não se repitam da mesma forma.
As únicas abordagens de futuro em que valerá a pena trabalhar com grandes perspectivas são o «double» ligeiro (Pedro Fraga e Nuno Mendes) e o «dois sem» pesado (Bruno Amorim e Roberto Rodrigues). As restantes tripulações demonstraram pouco nível internacional e, pelo menos para já, não valerá a pena lançá-las em regatas de grande exigência.
Estamos novamente numa posição em que, para escolher os melhores nacionais, se torna útil estabelecer confrontos entre tripulações de clubes ou mistos conjuntamente com a Selecção, para ver quem anda mais e determinar possíveis diferenças de prestação que referenciem outras possibilidades internacionais.
Não sendo assim, avançaremos cegamente e com uma determinação teimosa que não ajuda ninguém. O nosso «double» Fraga/Mendes (Sport Club do Porto), com uma medalha em Itália que dá muito boas perspectivas, teve dois segundos atrás de si nessa regata o «double» espanhol Sunsunegui/Jesus, que é do Náutico de Vigo, clube vizinho que todos nós conhecemos.
Ora, sabemos que treinos e confrontos conjuntos destas tripulações seriam bem-vindos e potenciariam o trabalho franco, sustentado e referenciado com utilidade imediata e para o futuro.
Há inúmeras hipóteses de funcionamento que ajudarão os seleccionadores a escolher e motivarão todos os portugueses do remo que, não conseguindo estar no Pocinho (Centro Nacional de Alto Rendimento), têm, no entanto, oportunidade de mostrar trabalho, quem sabe se melhor do que as apostas da Selecção Nacional…
Sejamos todos francos e humildes, abertos e positivos, travando os combates leais que tornam o remo um desporto de elite no que diz respeito à sua verdade e à possibilidade de escolher os melhores, sem subterfúgios.