AMORIM RECONDUZIDO NO CAMINHENSE

António Amorim foi reconduzido, sexta-feira, como presidente da Direcção do Sporting Clube Caminhense. O dirigente recebeu 41 votos a favor e um contra numa eleição em que foi o candidato único, uma vez que a outra lista concorrente (encabeçada por Carlos Jorge Fernandes) não cumpria os requisitos estatutários para ser apresentada ao sufrágio.

“Surpreendeu-me o aparecimento de uma lista de forma tardia, porque sempre frisei, em Assembleias Gerais [AG] anteriores, que no SC Caminhense devia haver uma passagem de testemunho, sem entrarmos em competição”, confessou, ao Notícias do Rio, o dirigente reeleito, acrescentando: “é natural que tal aconteça, as pessoas são livres para se candidatarem. Depois o processo passa para a Mesa da AG e, pelas informações que tive, a [outra] lista não vinha com o dossiê completo. Foram atribuídos mais três dias, pelos vistos o dossiê continuava com algumas irregularidades, no que diz respeito a alguns sócios que constavam na lista”.
O presidente reconduzido alega que deve haver “rotatividade numa instituição como o SC Caminhense”, pois “o normal é sair” após serem cumpridos um ou dois mandatos. Como queria evitar um vazio directivo, António Amorim voltou a encabeçar uma candidatura: “sempre disse que não gostaria de sair e deixar a porta aberta, sem ninguém a tomar posse. O normal era em tempo útil ter aparecido uma lista, com alguns contactos eu até teria desistido, seria fácil chegar a um acordo. Depois de termos avançado [e aparecendo outra lista], já em cima do prazo não houve tempo para pensarmos em desistir”.
Será o terceiro mandato consecutivo de António Amorim como presidente de Direcção, após dois mandatos como vice-presidente. O dirigente regista ainda uma passagem por uma Comissão de Apoio, durante uma crise directiva em 2001. No próximo biénio, o presidente reeleito pretende manter o rumo traçado nos últimos quatro anos: “no plano desportivo, o SC Caminhense está bem, nada há a dizer. Há sempre a possibilidade de fazer melhor, mas da forma como as coisas estão já é bom termos atingido este patamar em que estamos”.
Há, porém, uma sensação de obra deixada por fazer. “Uma das coisas que incentivou a recandidatura tem a ver com os balneários. A ideia já vem do mandato anterior, mas não foi possível avançar. Nos próximos dois anos, esperamos melhorar as condições do Posto Náutico, especialmente nos balneário”, acrescenta o dirigente, que, quanto à frota, admite a necessidade de skiffs e «doubles» para a formação.
António Amorim deixa ainda um voto de confiança a Henrique Baixinho e João Santos, que se mantêm como aposta para os cargos de treinadores: “Com certeza! Fizeram parte do projecto ao longo destes quatro anos. Vamos partir para mais um projecto de dois anos e queremos alcançar o máximo de vitórias, com a maior qualidade possível”.
O dirigente deixa ainda o convite a quem visitar Caminha para apreciar a Taça Salazar, conquistada há 50 anos e que está em exposição até ao final do ano. Os quatro remadores e o timoneiro que protagonizaram essa façanha há meio século estão vivos para contar o episódio.

2 comentários:

Anónimo disse...

Para um clube como o SCC, os objectivos a que se propoe são muito baixos.O clube tem condições para fazer muito mais, quer a nivel de competição remo, quer a nivel de instituição.

JMR disse...

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