DEFENDER IDENTIDADE DO CN VIANA

O Clube Náutico de Viana vai a votos na próxima sexta-feira e o actual presidente da Comissão Administrativa, Armando Loureiro, integra uma das listas candidatas para defender a identidade de um clube com 75 anos de história.

O Clube Náutico de Viana (CNV) vai a votos na próxima sexta-feira, pelas 21h00, com o actual presidente da Comissão Administrativa a revelar ao NdR estar integrado como secretário numa das listas candidatas. Armando Loureiro aceitou o cargo por ficar responsável pela área desportiva num clube onde quem decide são os próprios remadores.
“A ideia geral do programa é gerir o clube de forma a que mantenha a identidade e se desenvolva consoante os princípios defendidos nos estatutos. O Náutico não é apenas um clube de remo, embora seja a modalidade activa, tem canoagem e vela, com alguns barcos parados. As instalações não têm condições e vamos tentar criá-las para que a vela de lazer possa ressurgir, assim como a canoagem e remo de lazer”, resume o dirigente.
Essa defesa da identidade passa, desde logo, por rejeitar qualquer fusão com a ARCO que ponha fim aos 75 anos de história dos «auri-negros». “Não nos opomos a uma tentativa de fusão, mas à tentativa de destruição de dois clubes para que alguém se assumir como proprietário de um trabalho feito por dezenas de remadores, treinadores e dirigentes. O Náutico tem uma identidade de 75 anos, não de 75 meses. Acabar com o CNV porque a ARCO quer só um clube é que não”, justifica.
Armando Loureiro lembra que o CNV já nasceu de uma fusão de cinco clubes “que existiam desde 1890”: os «auri-negros» “herdaram atletas e algum material” do Sport Clube Vianense, Vianense Futebol Clube (“eliminado pela PIDE”), Clube Fluvial Vianense e Viana Taurino (este ainda existente). “O Náutico é o bilhete de identidade da cidade no remo e opõe-se à eliminação física e ao rompimento de uma história com 75 anos”, sublinha.
A nível desportivo, Armando Loureiro assegura a continuidade de José Moreno como treinador principal, assim como dos técnicos Pinto e David Pereira, durante os três anos necessários ao projecto de “renovar toda a frota”. Os «auri-negros» deram início à época 2008/09 (embora a anterior ainda não tenha terminado a nível oficial) no fim-de-semana “com mais gente” a treinar, para congratulação do dirigente. “As coisas funcionam com a melhor harmonia, dentro dos princípios desportivos mais sadios”, conclui.

"Só saímos se tivermos para onde ir"
Outra luta que se avizinha para os próximos dirigentes do CN Viana será travada com os responsáveis do Programa Polis, que querem «desalojar» o clube para remodelar a zona ribeirinha. “O Náutico construiu o Posto Náutico num espaço, com cerca de 3000 metros quadrados, que foi concedido pela então Junta Autónoma do Desporto do Norte, em 1973. É evidente que, não sendo titular do terreno, é-o das instalações que com todas as autorizações construiu ali. É um património e valor do clube”, justifica Armando Loureiro.
O ainda presidente da Comissão Administrativa acrescentou: “A sair dali, têm que nos arranjar o mesmo espaço e uma indemnização correspondente ao valor das instalações que construímos. O Náutico não vai obstar a que se desenvolva o Polis, mas só sairá quando tiver para onde ir”.

1 comentários:

Anónimo disse...

Gostava que o NdR, pergunta-se ao Senhor Loureiro, como é que se defende um clube com identidade de 73 anos (e não 75), quando ele próprio, andou dezenas de anos por outros clubes (inclusivé na ARCO) e tentou "denegrir" e "prejudicar" o Náutico de Viana nessas alturas?
Armando Loureiro "aceitou" ficar responsável pela área desportiva? Esta é para rir, já que foi ele que organizou toda a lista candidata, ficando ele com tal cargo, quando andou toda a ultima época a dizer que estava farto e que se ia embora, já para não falar de que ainda pertence á direcção da F.P.R., e que legalmente não pode fazer parte de qualquer direcção de um clube de remo nestas circunstâncias.
Também queria que explica-se onde andam as canoas e barcos de vela do clube, porque ninguèm sabe onde eles estão.
Muito engraçado é também a expressão "Não nos opomos a uma tentativa de fusão...", quando foi sempre ele o grande entrave a que tal situação acontecesse, e esquecendo de referir que em votação em Assembleia Geral para aprovação da fusão, 70 %, repito 70% dos sócios do Náutico de Viana, com grande relevância para atletas actuais,, aceitou a fusão e não a destruição de dois clubes, como é dito.
A nível desportivo, assegurou a continuidade do José Moreno, Raul Pinto, David Fernandes, porque se estes homens saírem,o Náutico de Viana "cái a pique", para quem sabe talves acabar. Porque se for pelo Sr. Armando Loureiro, podem ter a certeza de que 99% dos atletas (acreditem que não devo errar por muito, é só fazerem uma sondagem sobre isto aos atletas do Náutico), não ficam por lá, preferindo deixar de remar ou sair para outro clube.
Quanto á questão das instalações, é de "bradar aos céus", continua a mentir à descarada. Vejamos se não vai arranjar lenha para queimar o Náutico e depois ele saltar fora e dizer, "isso não é nada comigo", como já fez várias vezes no seu passado.
Desculpem-me mas por enquanto prefiro manter-me anónimo.