"FALTA DE COMPETÊNCIA"

Luís Soares escreveu uma opinião sobre o Nacional de yolle que, após nos ter sido reenviada, transcrevemos de seguida.

No passado dia 13 de Setembro ocorreu em Oeiras mais um Campeonato Nacional de sprint em yolle, organizado pela Federação Portuguesa de Remo. Mais uma vez, esta organização não surpreendeu e notabilizou-se pela falta de competência para organizar o mais simples dos eventos. Este Nacional dividiu-se por cinco provas: yolle de quatro sénior feminino, yolle de quatro sénior masculino (dividido em duas mangas, com os títulos atribuídos às embarcações consoante os tempos), yolle de oito sénior feminino, yolle de quatro júnior masculino e yolle de oito sénior masculino.
Embora tenha havido alguma condescendência da parte dos árbitros para com tripulações atrasadas, nunca houve nas largadas pontões de largadas ou mesmo boeiras (mais utilizadas para este tipo de planos de água) para marcar as posições de largada. Ora, se numa das provas a classificação final era feita por tempos, como é que a organização consegue afirmar que as distâncias percorridas pelos remadores da primeira manga era igual aos da segunda?
Na final de yolle de oito, para além da prova ter sido repetida três vezes, sendo que a razão da primeira repetição foi por uma tripulação do Ginásio ter ficado presa em cordas existentes no campo de regatas e a da segunda foi o facto da largada ter sido dada com as tripulações umas em cima das outras (o que provocou um choque entre as duas tripulações do Ginásio), com o mais escandalizante a ser a classificação final da terceira repetição. Como se pode facilmente comprovar pelas imagens publicadas no sítio do jornal «A Bola», cujo operador de camâra estava instalado a meio metro da mesa de chegada, o Clube Ferroviário de Portugal é a segunda tripulação a chegar (ia na pista 1, mais junto à margem e à câmara de televisão) e não o quarto classificado!
Agora, contra estes factos, senhores da Federação Portuguesa de Remo, quais serão os possíveis argumentos? Mais uma vez, os clubes, treinadores e atletas vêem-se confrontados com mais uma prova de incompetência da parte da FPR. Será assim tão difícil organizar um evento com cinco provas, em 500m, com seis clubes presentes e com cerca de 150 atletas?
Deixo estas perguntas no ar em jeito de desabafo, porque sinceramente eu não lhes arranjo resposta, mas a culpa certamente será minha...

Nota: o NdR recebeu em anexo imagens dos três últimos segundos da prova, a justificar um dos pontos mencionados. As mesmas não foram publicadas por se tratarem de visualizações do ficheiro constante no sítio já referenciado, pelo que os interessados, ao consultarem o vídeo, podem pausar a imagem nos últimos segundos.