O «grupo do Porto» já encontrou a figura para encabeçar a lista candidata às próximas eleições para a Federação Portuguesa de Remo, previstas para Janeiro. João Oliveira, director de serviço no IPO, aceitou esta manhã liderar um projecto para «curar» a modalidade.
O «grupo do Porto», como ficou conhecido o movimento após uma entrevista do presidente da Federação, Rascão Marques, ao jornal «A Bola», recebeu esta manhã a confirmação de que o convite fora aceite: João Oliveira, antigo remador do Ferroviário, vai liderar a lista candidata à Direcção da Federação Portuguesa de Remo.
Médico no Instituto Português de Oncologia, onde desempenha actualmente o cargo de director de serviço, o antigo remador do Ferroviário tem agora pela frente uma missão complicada: formar a equipa directiva. Na reunião desta manhã, segundo o que o NdR apurou, foram confirmados alguns nomes já esperados, enquanto outras figuras ficaram registadas para serem contactadas ainda esta semana.
Luís Faria (CDUP) e Albino Oliveira (CN Infante D. Henrique) estão praticamente confirmados na lista à Direcção, tanto mais que os dois clubes têm sido dos mais empenhados na procura de uma alternativa à actual gestão federativa. Neste aspecto, salienta-se a ausência de um «representante» do Fluvial (outra colectividade que se tem mostrado muito crítica), ao que não será alheio o processo de remodelação que a secção atravessa.
João França (Galitos) manifestou-se disposto a integrar o elenco, pelo que uma análise à priori demonstra a preocupação em obter «quotas» regionais, faltando assim um representante das zonas de influência da AR Viana e da AR Setúbal. A questão minhota é a mais complicada, dado que dois clubes (CN Viana e SC Caminhense) estão em processo eleitoral.
Os clubes de Lisboa devem ganhar um maior número de assentos nos restantes órgãos sociais, embora haja uma «tradição» não assumida de conceder ao centro do País a cadeira do presidente da Assembleia Geral. O NdR apurou que Luís Maricato, da Académica, marcou presença na reunião, mas em caso de mostrar disponibilidade deve ser integrado na Direcção.
Os diversos nomes propostos têm, contudo, de receber o aval do candidato a presidente. João Oliveira quer trabalhar com uma equipa coesa e multi-disciplinar e conta resolver os «buracos» na lista durante os próximos 15 dias, de forma a que a equipa possa começar a «trabalhar» já em Outubro. A convocatória das eleições, prevista para Janeiro, agrava o calendário desportivo para a primeira metade da época 2008/09, tanto mais que o movimento pretende mudar a equipa técnica nacional.
Três nomes portugueses terão sido falados para o cargo de seleccionador, tendo prevalecido a ideia de «recrutar» um treinador estrangeiro que delineie um programa específico para (quase) quatro anos. À semelhança do que Carlos Queirós pretende fazer na modalidade de futebol, o próximo director técnico nacional – caso a lista saia vencedora – será ainda responsável por criar uma base de dados dos atletas nacionais, ideia que nós lançámos para debate há poucas semanas no blogue RemoPortugal. A concretização dos planos de treino na água ficará a cargo de um lote restrito de treinadores portugueses, que servirão de «vaivém» na troca de informações entre Federação e clubes.
Mais indefinida estará, nesta altura, a reformulação da orgânica relativa às Associações Regionais. O NdR teve acesso a um documento de trabalho de cinco páginas, mas, segundo as informações recolhidas, ainda não terá sido motivo de discussão.
O candidato a presidente remeteu-se ao silêncio, que só deve quebrar quando tiver definida a composição da lista a propor para Direcção, Assembleia Geral e Conselho Jurisdicional.
JOÃO OLIVEIRA É CANDIDATO
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5 comentários:
Força, quero expressar aqui já o meu apoio a esta candidatura!! Acredito que este Sr. consiga reanimar o remo português e consiga encontrar estabilidade e saude a este desporto que tanto precisa. Força Oliveira!!
Com o Sr Faria e o Sr Oliveira na lista não vai longe, claramente são mas escolhas, ja la estiveram e que fizeram?
Tb é verdade que os votos nao se conquistam compram-se...
Se é para varrer a sala que se varra o pó todo!O nome que se fala é capaz de ser uma boa opção, mas vai ter de se rodear de caras novas que queiram dar mais do que receber do remo...
Que tristesa !Concordo com que o «Anónimo» diz...Mas é verdade ...um candidato como o Faria (!?!?)- o que serà vai faser desta vez para o remo nacional !???Sou claramente contra !Até quando vamos repetir os mesmos erros ?....Estámos burros ou......
Não me compete a mim estar a defender quer quer que seja, muito menos a comentários anónimos, mas como a mensagem passa, quem lê pode-se interrogar até que ponto a credibilidade e qualidade das pessoas é valida.
Embora esta ainda esteja em construção, uma lista, seja esta ou outra, é feita de vários elementos e todos eles tem como responsabilidade "puxar" para o mesmo lado.
É como um Shell de 8. Se o timoneiro andar ás curvas ou abandonar o barco, de certeza que demora mais a chegar á meta. Se os atletas não estiverem com a mesma motivação e cada um puxar para si o barco não desliza o que deve, por muito bons que sejam os remadores individualmente.
Fazer avaliações de trabalhos anteriores sem o conhecer quando as equipas não puxavam todas para o mesmo lado é uma visão derrotista e desconfiada. Além disso as pessoas mudam. Se eventualmente erraram no passado tem a vantagem de aprender com esses erros e poder fazer melhor no futuro.
Temos que ser confiantes e acreditar que a experiencia passada pode ser muito útil na construção do futuro.
Eu acredito.
Ouvi dizer que o Luís Teixeira está na lista. Não tenho naa contra o Luís. Como atleta, não o admirando, até reconheço o seu valor. Mas, porque será que ele está na lista. Nunca vislumbrei nem imaginei na sua pessoa qualquer interesse em assumir cargos federativos. E muito menos agora que muito terá que fazer na gestão do seu complexo hoteleiro em Avis.
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