EMANUEL SILVA FICA A MILÉSIMOS DA FINAL

Um dos mais fortes candidatos ao ouro olímpico ajudou ontem a afastar Emanuel Silva da final dos 1.000 metros em k1. O atleta do CN Prado reagiu em bom nível, mas não se qualificou por 35 milésimos de segundo. Embora seja menos forte nos 500 metros, há ainda esta hipótese para «Mané» bisar em finais olímpicas.

Imperceptíveis 35 milésimos de segundo afastaram hoje Emanuel Silva da ambicionada final de k1 em 1.000 metros nos Jogos Olímpicos, mas, mais do que lamentar o infortúnio, o atleta promete trabalhar mais para superar essa diferença no futuro. "Pensar que 35 milésimos de segundo me puseram fora da final olímpica dá-me estímulo para trabalhar ainda mais para superar essa diferença", disse o canoísta do CN Prado, com a habitual atitude construtiva, após a prova.
Zoltan Benko, o mais forte canoísta da Hungria, a maior potência mundial da canoagem a par da Alemanha, foi o responsável pelo afastamento do luso, impedindo-o de repetir o sétimo lugar de Atenas 2004. "Se desiludi os portugueses, peço desculpa", disse ainda o português.
O atleta do CN Prado considera que o facto de ter discutido o apuramento com um dos atletas de topo mundial demonstra que o nível "está a evoluir, ano após ano", argumentando: "Senti-me muito bem durante toda a prova. Consegui reagir sempre aos arranques deles. Subi na parte final. Só que não foi suficiente. Viemos os quatro sempre ali na luta, mas eles foram melhores. Calhou-me o quarto lugar. Dei o máximo, eles também. Andámos todos atrás do mesmo. Por 35 milésimos se fica dentro de uma final e pelo mesmo se fica de fora".
Pragmático, já pensa nas meias-finais dos 500 metros de amanhã: "Vou com a mesma garra. Não sou grande especialista, mas não me ponho de parte. Prometo é dar de novo o meu máximo, até ao fim". Emanuel Silva concluiu: "Vou lutar de igual para igual. Os Jogos Olímpicos estão a ser positivos para mim. Tenho a consciência limpa e vamos a ver o que vai acontecer".

Fonte: Lusa

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